03 de outubro de 2024 às 18:00 - Atualizado às 18:18
Clássico da Honda que dominou os Ralis na década de 1980. Foto: Honda/Divulgação
Na década de 1980 o mundo foi tomado pela febre dos ralis-raids no deserto, e o mais poderoso era – e continua sendo! – o Rally Dakar, à época ainda batizado de “Paris-Dakar”. Na 4ª edição o vencedor do Rally Paris-Dakar, o francês Cyril Neveu, usou uma Honda XR 500 praticamente de série.
Observando a importância deste rali para o desenvolvimento de tecnologia, a Honda resolveu criar um modelo exclusivo para tal competição, a fantástica Honda NXR 750V, modelo que venceu de forma consecutiva as quatro edições do Rally Paris-Dakar em que participou, de 1986, 1987, 1988 e 1989.
Especificamente projetada o Paris-Dakar daqueles tempos, a NXR 750V era um protótipo, ou seja, uma moto “laboratório” que não foi colocada à venda. Esta máquina dominou a competição e estabeleceu as diretrizes das melhores bigtrails atuais. Aliás, não é errado dizer que a moto NXR foi a “mãe” de todas as bigtrail da atualidade.
O conceito de sua criação foi o de fazer uma moto ágil, cuja pilotagem não representasse um pesadelo para seus pilotos, reduzindo o peso ao máximo, e dando-lhes a potência necessária para desenvolver altas velocidades – 180 km/h na areia, imagine! – com grande domínio.
Um inédito motor de dois cilindros em V longitudinal – um cilindro atrás do outro – foi projetado, solução técnica que permitiu montá-lo em um chassi estreito, capaz de abrigar tanques de grande capacidade. O novo motor V2 poderia alcançar os 10.000 rpm e gerar 120 cv de potência, mas os técnicos decidiram limitá-lo a cerca de 75 cv a 7.000 rpm visando confiabilidade.
O peso a seco da NXR 750V não ava dos 130 kg, cifra que subia a quase 200 kg com tanques de 59 litros de capacidade cheios. Para “aguentar o tranco” o sistema de suspensões da NXR 750V era superdimensionado e totalmente regulável.
Praticidade era outra característica do modelo campeão: a torre de navegação com instrumentos e road-book era fixada em uma robusta estrutura que sustentava carenagem frontal e o par de faróis, de fácil remoção para manutenção. Idem sobre o filtro de ar e carburadores, colocados atrás da coluna de direção.
A Honda NXR 750 era rápida, ágil e leve. Consumia menos combustível, pneus e a energia de seus pilotos. Enquanto competiu, jamais foi derrotada e, como dissemos no início, foi a base das bigtrail atuais, e se você entendeu “Africa Twin”, tenha certeza que acertou!
Fonte: Honda
2
17:59, 14 Jun
25
°c
Fonte: OpenWeather
A nova Honda CB 500 Hornet 2025 chega ao Brasil com visual street fighter, TFT, controle de tração e motor bicilíndrico de 49,6 cv. Veja os detalhes.
Segmento de utilitários esportivos lidera vendas, com Volkswagen T-Cross à frente e diversidade de marcas no top 10.
Iniciativa do governo Federal visa modernizar o setor automotivo, reduzir emissões e estimular inovação, embora o impacto financeiro para o consumidor ainda seja uma dúvida.
mais notícias
+