Ciro Gomes e Lula Fotos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil José Cruz/Agência Brasil
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) reagiu com veemência à ação movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra ele, acusando-o de ofender a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em vídeo publicado nas redes sociais no sábado (7), Ciro afirmou ser alvo de perseguição política e chamou Lula de "covarde", questionando a legitimidade do processo.
A ação judicial foi instaurada após Ciro, em postagens nas redes sociais, sugerir que Lula teria recebido propina para implementar o programa "Crédito do Trabalhador". Segundo a AGU, o ex-presidenciável insinuou que o presidente se beneficiou de corrupção, atribuindo-lhe os crimes de peculato e corrupção. A petição da AGU destaca que as afirmações de Ciro são "sabidamente falsas" e requer esclarecimentos sobre as ofensas veiculadas.
Em resposta, Ciro acusou o presidente de manipular o poder da Presidência da República para silenciá-lo. "Nos últimos anos, tenho procurado ar em silêncio um enorme lawfare. Agora, finalmente, o maior dos agentes dos agiotas, o presidente Lula, entra nesse jogo judicial na tentativa de me calar", afirmou o ex-ministro.
Ciro também criticou o programa de governo, afirmando que "a pobreza é o negócio do governo Lula, os bancos, os seus beneficiários". Ele reiterou sua disposição de continuar a luta política, afirmando que não se calará diante do que considera abusos de poder.
A tensão entre Ciro e Lula não é nova. Em 2021, o ex-presidente prestou solidariedade a Ciro e seu irmão Cid Gomes após uma operação da Polícia Federal que investigava supostos desvios nas obras da Arena Castelão. Na ocasião, Lula criticou a ação da PF, considerando-a "inexplicável" e uma "invasão à casa" dos irmãos Gomes. Ciro, por sua vez, acusou o governo de Jair Bolsonaro de usar a PF para persegui-lo politicamente.
A atual disputa entre Ciro e Lula reflete um embate ideológico e político que remonta à época em que ambos disputaram a presidência. Enquanto Ciro acusa o presidente de corrupção e de manipulação política, Lula mantém uma postura de silêncio, evitando confrontos diretos com o ex-ministro. A continuidade desse confronto pode influenciar o cenário político nacional, especialmente em um período em que o país se prepara para futuras eleições.
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Ele foi levado primeiro para o IML, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, para a realização do exame de corpo de delito, e em seguida seguirá para o presídio.
O parlamentar é filho de Gilson Machado, preso nesta sexta-feira (13), em Recife, após ação da Polícia Federal. Ele é acusado de tentar ajudar Mauro Cid a fugir do Brasil.
Apesar do vínculo político direto e da longa parceria entre os dois, o ex-presidente não demonstrou publicamente qualquer solidariedade ao seu ex-ministro.
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