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Fraude no INSS: filho de ex-diretor movimentou mais de R$ 10 milhões; PF o investiga

André Fidelis atuava como elo entre o Instituto e entidades suspeitas de aplicar descontos indevidos nos benefícios previdenciários.

Gabriel Alves

02 de junho de 2025 às 08:46   - Atualizado às 08:46

Fraude no INSS: Eric Fidelis, filho do ex-diretor.

Fraude no INSS: Eric Fidelis, filho do ex-diretor. Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) investiga o advogado Eric Douglas Martins Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, por movimentações financeiras suspeitas que somam R$ 10,4 milhões entre 2023 e 2024. Os valores, apontados em relatórios de inteligência do Coaf, teriam relação com um esquema de recebimento de propina de operadores das fraudes contra aposentados.

A investigação da PF, no âmbito da Operação Sem Desconto, indica que André Fidelis atuava como elo entre o INSS e entidades suspeitas de aplicar descontos indevidos em benefícios previdenciários. Entre 2023 e março de 2024, o ex-diretor assinou 14 Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) que permitiram o ree de mensalidades associativas diretamente da folha de pagamento dos aposentados.

Fidelis perdeu o cargo em julho do ano ado. A PF afirma que seu filho Eric recebeu R$ 5,1 milhões de intermediários ligados às entidades investigadas. Desse total, R$ 3,7 milhões aram pelo escritório de advocacia que ele comanda, especializado em direito previdenciário e com histórico de atuação em ações contra o INSS.

Apesar de ter declarado renda mensal de R$ 13,3 mil, Eric Fidelis movimentou valores milionários no auge do esquema. Um dos rees de destaque partiu do escritório da advogada Cecília Rodrigues Mota, que transferiu mais de R$ 520 mil para a banca do filho do ex-diretor entre novembro de 2023 e abril de 2024.

Cecília, servidora federal aposentada, presidiu entidades associativas ligadas ao esquema. Segundo a PF, ela movimentou cerca de R$ 14 milhões no mesmo período.

Os investigadores apontam que Eric transferiu R$ 1,6 milhão de volta para seu próprio escritório entre fevereiro de 2023 e março de 2024.

“Esse movimento de recursos de volta ao escritório sugere um possível ciclo de lavagem de dinheiro, no qual os valores recebidos podem estar sendo redirecionados para camuflar a verdadeira origem dos recursos. Esse comportamento, somado às ligações com associações de aposentados envolvidas em fraudes e com movimentações suspeitas de grandes quantias, reforça as suspeitas de irregularidades financeiras e desvios de dinheiro”, afirmou a PF em relatório.

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