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PCC e CV: gestão Lula nega pedido de governo Trump e não classificará facções como terroristas

A proposta foi discutida em uma reunião realizada na terça-feira, 6 de maio, em Brasília, entre autoridades brasileiras e uma comitiva dos EUA.

Gabriel Alves

07 de maio de 2025 às 11:14   - Atualizado às 12:15

Lula e Lewandowski; paredes pichadas com iniciais das facções PCC e CV.

Lula e Lewandowski; paredes pichadas com iniciais das facções PCC e CV. Fotos: TSE e Reprodução. Arte: Portal de Prefeitura

O governo Lula rejeitou uma sugestão feita por representantes do presidente Donald Trump para classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. A proposta foi discutida durante uma reunião realizada na terça-feira, 6 de maio, em Brasília, entre autoridades brasileiras e uma comitiva dos Estados Unidos.

O encontro contou com a presença de David Gamble, chefe interino da coordenação de sanções do Departamento de Estado americano. Representantes dos ministérios das Relações Exteriores, da Justiça e Segurança Pública, além da Polícia Federal, participaram da reunião pelo lado brasileiro.

Durante a conversa, os representantes americanos argumentaram que, ao classificar as facções como terroristas, o Brasil permitiria a aplicação de sanções mais rigorosas, conforme previsto na legislação penal dos Estados Unidos. Eles também destacaram que o FBI identificou a presença de membros do PCC e do CV em 12 estados americanos, incluindo Nova Iorque, Flórida, Nova Jersey, Massachusetts, Connecticut e Tennessee.

Segundo a comitiva americana, as facções utilizam o território dos EUA para lavar dinheiro, com o auxílio de brasileiros que viajam ao país. O grupo afirmou ainda que 113 brasileiros tiveram o visto negado pela Embaixada americana por suspeita de envolvimento com essas organizações.

No entanto, o governo brasileiro rebateu a proposta e explicou que, segundo a legislação nacional, facções criminosas não se enquadram na definição de terrorismo. Isso porque suas ações não têm motivação ideológica ou política, mas visam apenas ao lucro com atividades ilícitas.

A equipe brasileira também destacou os esforços que o país tem feito para combater o crime organizado. Entre as ações citadas estão o fortalecimento dos presídios federais, que mantêm líderes dessas facções isolados, e operações conjuntas entre as polícias e os Ministérios Públicos, especialmente por meio dos Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

Além de Gamble, participaram da reunião o adido judicial Michael Dreher, os assessores sênior Ricardo Pita e John Johnson, a conselheira política Holly Kirking Loomis, o adido policial Shawn Sherlock e John Jacobs, da Embaixada dos EUA. O Ministério das Relações Exteriores informou que o encontro aconteceu a pedido da comitiva americana.

No dia anterior, segunda-feira (5), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) recebeu Ricardo Pita em seu gabinete no Senado. O parlamentar afirmou que solicitou o encontro para discutir ações contra o crime organizado e reforçar a cooperação na área de segurança pública.

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