PF: Gilson Machado e Mauro Cid. Fotos: Valter Campanato/Agência Brasil e Reprodução. Arte: Portal de Prefeitura
A Polícia Federal (PF) informou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o ex-ministro pernambucano Gilson Machado teria tentado obter um aporte português em nome do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e delator da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe. O objetivo seria facilitar a saída de Cid do país. Gilson nega a acusação.
A informação foi divulgada pelo colunista Guilherme Amado, do site PlatôBR. Segundo a reportagem, a tentativa ocorreu no dia 12 de maio, no Consulado de Portugal no Recife.
De acordo com a PF, Gilson Machado não conseguiu emitir o aporte, mas a corporação alertou a PGR sobre a possibilidade de o ex-ministro tentar obter o documento em outros consulados.
No ofício enviado ao procurador-geral Paulo Gonet, a Polícia Federal destacou que arquivos encontrados no celular de Mauro Cid mostravam que, ainda em 2023, ele buscou uma assessoria para obter cidadania portuguesa. Cid chegou a enviar imagens de sua carteira funcional, além do aporte e do comprovante de cidadania portuguesa da mãe.
Gonet comunicou ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), que concorda com a abertura de um inquérito contra Gilson Machado por possíveis crimes de obstrução de investigação, favorecimento pessoal e envolvimento com organização criminosa.
A PGR solicitou a Moraes autorização para realizar buscas e apreensões pessoais e domiciliares, além de quebra de sigilo telefônico e telemático do ex-ministro, no período entre 1º de janeiro e 5 de junho de 2025.
No pedido, Gonet afirmou que há indícios de que Gilson Machado "esteja atuando para obstruir a instrução da Ação Penal n. 2.688/DF e das demais investigações em curso, possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu Mauro Cesar Barbosa Cid, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal".
O procurador também ressaltou a necessidade de novas diligências:
"A análise das informações reunidas pela Polícia Federal indica a necessidade de complementação das diligências investigativas, a fim de possibilitar um juízo adicional e mais abrangente sobre a autoria das condutas apuradas, especialmente em razão da provável possibilidade de que o requerido esteja empregando esforços junto a outras embaixadas e consulados com o mesmo propósito ilícito".
Em resposta ao colunista Guilherme Amado, Gilson Machado negou as acusações e afirmou que não esteve no Consulado de Portugal nem em qualquer outra representação diplomática com o objetivo de obter um aporte para Mauro Cid ou ajudá-lo a sair do Brasil.
"Não procede, não fui a Consulado de Portugal nenhum. Isso é muito fácil de resolver, de ver, é só você ir lá ver quem chegou no Consulado e quem não chegou”, declarou o ex-ministro.
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