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PSDB se une ao Podemos e quer lançar candidato à Presidência: "É possível fazer diferente"

Nas eleições de 2022, a sigla teve o pior resultado da história e ainda teve a saída de dois dos três governadores eleitos.

Eduarda Queiroz

05 de junho de 2025 às 15:14   - Atualizado às 15:14

PSDB se une ao Podemos.

PSDB se une ao Podemos. Foto: Divulgação/Redes Sociais

A convenção nacional do PSDB autorizou, nesta quinta-feira, 5 de junho, a incorporação com o Podemos. Os dois partidos pretendem se reunir na próxima semana para fechar os últimos ajustes da união.

O placar final terminou com a aprovação de 201 delegados. Votaram pela rejeição duas pessoas e dois tucanos se abstiveram.

Integrantes do partido chamam o procedimento de "incorporação com características de fusão" - por isso, tucanos esperam que o novo nome seja "PSDB+Podemos".

"Quero manter o nome PSDB vivo ainda", diz o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

O PSDB vive uma crise, hoje, o partido tem 13 deputados e três senadores no Congresso Nacional. Nas eleições para o Legislativo federal de 2022, a sigla teve o pior resultado de sua história, quando elegeu 13 deputados e nenhum senador.

A sigla ainda teve a baixa de dois de seus três governadores. Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, migraram para o PSD.

O remanescente, Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, chegou a participar brevemente da convenção nesta quinta-feira, mas ainda não decidiu se permanecerá no partido.

"Se sair, vamos em frente do mesmo jeito", minimizou Aécio Neves.

O ex-governador de Minas Gerais se diz otimista com a incorporação. A projeção, segundo ele, é de eleger 50 deputados e lançar um candidato à Presidência da República em 2026.

Ele também afirma que 14 deputados e dois senadores estão em diálogo para entrar no partido.

"Tomamos decisões extremamente equivocadas e estamos pagando um preço alto por elas, mas não perdemos o sentimento que vivíamos lá atrás quando fundamos o PSDB", disse Aécio.

Estudo encomendado pelo Podemos e obtido pelo Estadão aponta que, em caso de fusão, o novo partido teria um Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) de cerca de R$ 380 milhões, tornando-se o sétimo maior do País, à frente do Republicanos.

Já o fundo partidário chegaria a R$ 90 milhões, ocupando a quinta posição entre as legendas e superando PSD, Republicanos e MDB.

Uma questão técnica levou à incorporação. O PSDB, por estar federado com o Cidadania, precisaria do aval da legenda para uma fusão.

A incorporação, no modelo proposto, dividirá a estrutura executiva nacional do partido em duas: metade do Podemos e metade do PSDB.

"O PSDB está se renovando para mostrar que é possível fazer diferente", disse Marconi Perillo, presidente do partido.

A ideia da sigla é apresentar um novo PSDB, como um partido "radical de centro", com um novo símbolo e um novo programa até outubro deste ano.

"O PSDB é radical, sim. É radical no que importa", afirmou Perillo.

A frase "radical no que importa" estampa bonés azuis do PSDB distribuídos aos partidários na convenção desta quinta-feira, seguindo a tendência de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Estadão Conteúdo

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