Presidente Lula e ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Brasil encerrou o ano com um cenário alarmante no que se refere às queimadas. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelaram que o país registrou 278 mil focos de incêndio em 2024, a maior quantidade desde 2010.
O aumento foi expressivo, representando um salto de 46% em relação ao ano anterior, evidenciando a gravidade da crise ambiental que afeta os principais biomas brasileiros.
Entre as regiões mais afetadas, a Amazônia e a Mata Atlântica foram as que apresentaram os índices mais preocupantes. Ambos os biomas tiveram o maior número de queimadas desde 2007, acendendo um alerta sobre a preservação dessas áreas que desempenham papel fundamental na biodiversidade e na regulação climática global.
A situação na Amazônia, em particular, tem sido uma preocupação internacional, dada sua relevância como o maior bioma tropical do mundo e um dos principais sumidouros de carbono do planeta.
No Cerrado, os números também foram preocupantes, alcançando os piores índices desde 2012. Conhecido como a savana brasileira, o Cerrado é um bioma de grande importância para o equilíbrio ambiental e para o abastecimento hídrico do país, sendo berço das principais bacias hidrográficas. As queimadas frequentes e intensas comprometem não apenas a fauna e flora locais, mas também o fornecimento de água para outras regiões.
O Pantanal, por sua vez, enfrentou a segunda pior marca de queimadas desde o início do monitoramento pelo INPE, há 26 anos. Essa região, considerada uma das maiores áreas alagadas do mundo, sofreu com incêndios que devastaram sua rica biodiversidade e comprometeram os meios de subsistência de populações locais, que dependem diretamente do equilíbrio ambiental para a pesca e a pecuária.
Entre os estados brasileiros, Mato Grosso lidera o ranking, com 1.379 registros nas últimas 48 horas, seguido por Amazonas, com 1.205, Pará, com 1.001, e Acre, com 513 focos. O município com o maior número de queimadas no período é Cáceres (MT), que teve 237 focos nas últimas 48 horas. Novo Aripuanã (AM) e São Félix do Xingu (PA) vêm logo atrás com 204 e 187 focos de incêndio, respectivamente.
A Amazônia foi a região mais afetada, concentrando 49% das áreas atingidas pelo fogo nas últimas 48 horas. Na sequência, aparecem o Cerrado (30,5%), a Mata Atlântica (13,2%), o Pantanal (5,4%) e a Caatinga (1,9%).
A Polícia Federal (PF) aponta que há indícios de que parte dos incêndios florestais no país pode ter ocorrido por meio de ações coordenadas.
A hipótese de ação humana em parte das queimadas que assolam o país também já foi levantada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que determinou medidas para o enfrentamento aos incêndios na Amazônia e no Pantanal.
O uso do fogo para práticas agrícolas no Pantanal e na maior parte da Amazônia está proibido e é crime, com pena de dois a quatro anos de prisão.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, associados a essa prática, os incêndios florestais no Brasil e em outros países da América do Sul são intensificados pela mudança do clima, que causa estiagens prolongadas em biomas como o Pantanal e Amazônia. Em 2024, 58% do território nacional são afetados pela seca. Em cerca de um terço do país, o cenário é de seca severa.
Além das consequências para o meio ambiente, o grande volume de queimadas no país tem pressionado o sistema de saúde e causa preocupação, principalmente envolvendo idosos e crianças com problemas respiratórios. Por causa dos incêndios, cidades em diversas partes do país foram atingidas por nuvens de fumaça, o que prejudica a qualidade do ar.
As orientações para a população nessas regiões são evitar, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.
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