Sebastião Salgado com sua obra Gênesis, lançada em 2013 Foto: Reprodução
O mundo perdeu nesta sexta-feira (23) uma de suas lentes mais sensíveis e impactantes. Sebastião Salgado, renomado fotojornalista brasileiro e referência global na fotografia documental, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização que fundou com sua esposa e parceira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado.
Mais do que um fotógrafo, Sebastião Salgado foi um contador de histórias com luz e sombra, um cronista visual da condição humana e do planeta. Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado formou-se em economia antes de descobrir sua paixão definitiva pela fotografia, em 1973. A partir de então, percorreu mais de 120 países, registrando a beleza, a dor, o trabalho e a esperança de povos e paisagens com sua marcante estética em preto e branco.
Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão as séries “Trabalhadores”, “Êxodos” e “Gênesis”, que revelam não apenas uma maestria técnica, mas um olhar profundamente ético, sensível e poético. Sebastião Salgado capturava mais do que imagens: revelava almas, contava histórias e denunciava desigualdades.
Em 1998, ao lado de Lélia, fundou o Instituto Terra, uma iniciativa voltada à restauração ambiental da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce, seu berço natal. A ONG se tornou um símbolo global de regeneração e compromisso com o futuro, refletindo a transformação de sua própria trajetória: do retrato da devastação à semeadura da esperança.
“A fotografia é o espelho da sociedade”, dizia Sebastião Salgado, frase que resume sua missão de vida. Seu trabalho influenciou gerações de fotógrafos, jornalistas e ambientalistas. Em vida, foi homenageado com os principais prêmios da fotografia mundial, incluindo o Príncipe das Astúrias, o World Photography Award e uma indicação ao Oscar com o documentário O Sal da Terra, dirigido por Wim Wenders e seu filho, Juliano Ribeiro Salgado.
Sebastião Salgado parte deixando um legado imensurável. Sua arte continua viva em cada exposição, livro e ação do Instituto Terra. Ele nos ensinou que, por trás de cada imagem, existe humanidade — e que fotografar o mundo é também transformá-lo.
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