Polícia Civil Amazonas Foto: Divulgação
A Operação Lousa Negra, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) na última segunda-feira, 2 de junho, desarticulou um esquema criminoso sofisticado que lesava professores da rede pública estadual por meio de golpes de crédito consignado. As investigações revelam que a quadrilha movimentou mais de R$ 3 milhões em fraudes em pouco mais de um ano.
Sete pessoas foram presas durante a operação. Entre os detidos, a diversidade de perfis chamou a atenção: um pastor evangélico, um pai de santo e um gerente de banco. Este último, identificado como Alan Douglas Pereira Barbosa, é considerado peça fundamental no esquema, pois, segundo o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), era responsável pela liberação irregular dos empréstimos. Alan Douglas, inclusive, já tinha histórico de investigações por fraudes em liberação de crédito para aquisição de veículos de luxo.
A forma de atuação da quadrilha era bem definida. Eles coletavam informações sobre a margem consignável dos servidores da educação, tanto de Manaus quanto do interior do Amazonas. Com esses dados em mãos, falsificavam documentos e utilizavam "laranjas" (pessoas que se avam pelas vítimas) para os contratos fraudulentos nas instituições bancárias.
Um dos principais canais para a concretização dos golpes eram os correspondentes bancários, dos quais três foram presos na operação. Esses intermediários eram responsáveis por agilizar a abertura de contas, o envio da documentação falsificada e a viabilização dos contratos. O gerente bancário, por sua vez, autorizava os empréstimos sem a devida análise dos comitês internos dos bancos, recebendo comissões pelos valores liberados ilicitamente.
O delegado Cícero Túlio ressaltou que o grupo se beneficiava de um sistema simplificado de liberação de crédito, conhecido como "clique único", que permitia a aprovação de empréstimos diretamente por aplicativos bancários, sem a necessidade da presença física do solicitante na agência. Essa falha de segurança ou brecha no sistema era explorada pelos criminosos para agilizar as operações fraudulentas.
Além de Alan Douglas Pereira Barbosa, os outros presos são Jean Fábio França de Souza, John Harry Santos da Silva (o pastor), Luís Gonçalves da Silva, Luiz Roberto Lima Fonseca (o pai de santo), Manoel Moreno Penha Júnior e Samuel da Costa Matos. A Polícia Civil do Amazonas informou que o pastor John Harry, o pai de santo Luiz Roberto e Manoel Moreno atuavam diretamente como corretores no esquema, auxiliando na captação das informações e na intermediação dos golpes.
A Operação Lousa Negra continua, e a Polícia Civil busca identificar outras possíveis vítimas e desvendar a extensão total dos prejuízos causados aos professores e às instituições financeiras. O caso serve de alerta para a importância da vigilância contra golpes financeiros, especialmente aqueles que exploram vulnerabilidades em sistemas de crédito e que miram categorias específicas de servidores.
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