Sexta feira 13. Foto: IA
Nesta sexta-feira, 13 de junho, o calendário reacende um velho temor popular: o medo da sexta-feira 13. Para muita gente, a data desperta calafrios, lembranças de filmes de terror e até uma certa resistência para sair de casa. Mas por que esse dia ficou tão ligado ao azar, ao sobrenatural e às forças do mal?
A resposta mistura religião, numerologia, mitos medievais e histórias que atravessaram séculos. Embora o medo pareça brincadeira para alguns, para outros ele é tão real que já ganhou até nome científico: parascevedecatriafobia, o pavor irracional de uma sexta-feira 13.
Na cultura ocidental, o número 12 representa ordem e completude: são 12 meses do ano, 12 apóstolos de Jesus, 12 signos do zodíaco e 12 trabalhos de Hércules. Quando o número 13 surge, ele quebra essa lógica. Para muitos estudiosos, essa “quebra” causa desconforto e desequilíbrio.
Além disso, há referências antigas que reforçam o medo. Em uma das versões da Última Ceia, Judas Iscariotes — o apóstolo que traiu Jesus — teria sido o 13º a se sentar à mesa. Já na mitologia nórdica, conta-se que Loki, o deus da trapaça, apareceu como o 13º convidado em um banquete, gerando caos e tragédia.
A sexta-feira, isoladamente, já tinha fama de ser um dia carregado. Para os cristãos, esse foi o dia da crucificação de Jesus. Também era o dia em que se realizavam execuções públicas na Idade Média. Esses elementos históricos deram à sexta-feira um ar de luto e punição.
Durante séculos, navios evitavam zarpar neste dia, e muitos comerciantes preferiam não fechar negócios. No campo e nas pequenas cidades, havia o costume de evitar casamentos, batizados e outros eventos importantes quando o 13º dia do mês caía numa sexta-feira.
Quando a sexta-feira se junta ao número 13, nasce o símbolo perfeito para alimentar superstições. A fama se fortaleceu no século XX, impulsionada pela cultura pop. Livros, revistas e principalmente o cinema ajudaram a moldar o imaginário popular com histórias ligadas à data.
O filme Sexta-Feira 13, lançado em 1980, deu rosto ao medo: o assassino Jason Voorhees se tornou um ícone do terror e levou a superstição para uma geração inteira. Desde então, o dia ou a ser associado a tragédias, acidentes e eventos inexplicáveis — mesmo que, na maioria das vezes, tudo não e de coincidência.
Apesar do ceticismo, muitas pessoas ainda evitam tomar decisões importantes nesse dia. Algumas companhias aéreas pulam a fileira 13 em seus aviões. Edifícios nos Estados Unidos e Europa omitem o 13º andar. Empresas de seguro relatam uma leve queda na venda de apólices nesta data.
Curiosamente, estatísticas mostram que não há mais acidentes ou tragédias em sextas-feiras 13 do que em outros dias. Ainda assim, o simbolismo é tão forte que ele continua a impactar a cultura, os costumes e até o bolso.
No Brasil, a data também virou sinônimo de “dia do azar”. Muitos evitam sair à noite, adiam viagens ou brincam sobre “não ar debaixo da escada”. Superstições como não quebrar espelhos, evitar gatos pretos ou não deixar chinelo virado ganham mais força nesse dia.
Nas redes sociais, memes se espalham e o assunto domina grupos de família e conversas no trabalho. Mas, em muitas regiões do país, a sexta-feira 13 também virou oportunidade para festas temáticas, eventos culturais e até promoções no comércio.
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A programação tem continuidade nesta sexta-feira (13), com shows de Renatto Pires, Tarcísio do Acordeon, Adelmário Coelho e Léo Santana.
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