Professores do Recife suspendem greve temporariamente para reabrir negociações com prefeitura. Foto: Filipe Gondim
Na manhã desta segunda-feira, 19 de maio, as professoras e os professores do Recife decidiram, em assembleia realizada no Pátio da Prefeitura, suspender temporariamente a greve da rede municipal para retomar as negociações com a gestão João Campos. A comissão de negociação do sindicato está reunida neste momento com representantes da Prefeitura.
A expectativa da categoria é de que a gestão cumpra a Lei do Piso e aplique o reajuste salarial de 6,27% na carreira, principal reivindicação que motivou a deflagração da greve no último dia 9 de maio. Os professores e professoras também exigem a reposição das perdas salariais acumuladas nos últimos anos e melhores condições de trabalho nas escolas da rede municipal.
“O que queremos é o cumprimento da lei. Nossa greve é um instrumento legítimo de pressão diante do descaso. A decisão de suspender o movimento é mais uma prova de que estamos abertos ao diálogo, esperando que a gestão cumpra sua responsabilidade com a educação”, afirma Jaqueline Dornelas, da coordenação do SIMPERE.
Para o sindicato, a suspensão da greve representa um gesto de responsabilidade da categoria.
“Os professores seguem mobilizados, mas agora é a Prefeitura quem precisa dar uma resposta à altura. A nossa pauta é justa, está na lei. A gestão precisa sair da propaganda e respeitar quem garante a educação nas escolas”, reforça Anna Davi, também da coordenação do SIMPERE.
A categoria segue em estado de mobilização e permanece em assembleia permanente, aguardando o desfecho da reunião com a gestão municipal. Ainda hoje, o sindicato deve divulgar uma nova posição oficial sobre o andamento da greve a partir dos resultados apresentados pela Prefeitura.
O SIMPERE reforça que a luta das professoras e professores é por valorização profissional, respeito e por uma educação pública de qualidade no Recife.
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Segundo o Simpere, parte do valor - 70% - foi devolvido após pressão da categoria, mas o sindicato segue cobrando a devolução integral.
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