Rodrigo Silva refletiu sobre os questionamentos e teorias levantadas sobre o novo pontífice, e alertou ao público para que tenham cuidado ao fazer certos tipos de afirmações.

Eduarda Queiroz

09 de maio de 2025 às 16:33 - Atualizado às 16:33

Teólogo Rodrigo Silva e Papa Leão XIV. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Na quinta-feira, 8 de maio, após a eleição na Capela Sistina do Papa Leão XIV para suceder Francisco, o arqueólogo e teólogo Rodrigo Silva publicou um vídeo em suas redes sociais, onde explica as especulações acerca da nomeação do novo Pontífice.

Os cardeais reunidos no Vaticano para o conclave escolheram pelo norte-americano Robert Prevost, de 69 anos, para liderar a Igreja Católica pelos próximos anos. Leão XIV é o 267º Papa da história, e marca a história sendo o primeiro americano e agostiniano.

O teólogo refletiu sobre os questionamentos e teorias levantadas sobre o novo Papa, e alertou ao público para que tenham cuidado ao fazer certos tipos de afirmações e não acreditarem em qualquer informação.

“Muitas pessoas começam agora a especular: ‘Como vai ser esse Papa? Será que esse Papa é o Papa do fim dos tempos? Será que é o último Papa? É o Papa que vai cumprir as profecias?’ Para começo de conversa, nós devemos ter cautela, porque todo novo Papa que surge tem algum teólogo de almanaque dizendo: ‘Esse é o Papa do fim’. Então, devemos ter cuidado”.

Logo tratou sobre o sensacionalismo extremo trazido e espalhado na internet sobre o tema:

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Influência

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“Por um lado, com a procrastinação, aquele servo mau que diz: ‘O meu Senhor nunca voltará’, parece que nunca haverá a volta de Jesus e, no outro extremo, aquele imediatista que fica colocando selo profético em tudo que acontece, de maneira talvez até desautorizada. Então, temos que tomar cuidado com os extremos. Temos que ter a certeza da volta de Jesus, mas não ficar marcando datas, assim, de maneira quase que inconsciente”, afirmou.

Ao ser escolhido líder, todo cardeal deve adotar um novo nome, o qual será chamado pelo resto da vida. Rodrigo comentou que a escolha feita por Prevost já dá indicios de como será o seu pontificado.

“Esse nome já é uma pista de como ele gostará de exercer o seu governo sobre a igreja. E, geralmente, eles escolhem um nome com base num Papa anterior, do qual ele nutre, assim, muita consideração e ele quase imita os os”, explicou o teólogo.

Na oportunidade, aproveitou para falar sobre o destino do papado de Leão XIV.

“Para que a gente tenha uma noção de para onde irá o rumo desse pontificado, temos que conhecer um pouco a vida do Papa Leão XIII”.

Rodrigo explicou que o último a usar este nome, Leão XIII, era italiano e antes mesmo de ser papa ajudava Pio IX. Durante seu pontificado duradouro de 25 anos, ele atuou fortemente para estabelecer um diálogo entre as tradições religiosas e a modernidade. Se tornou o primeiro a ter a voz gravada e imagem filmada.

“Agora, vamos analisar a sequência desse pontificado, os acontecimentos que ainda virão, mas sempre tendo no coração o anseio pela volta de Jesus, mas sem um sensacionalismo que pode levar à histeria e ao fanatismo. Com fé, mas uma fé que seja racional”, concluiu.